28.12.08

Rita Redshoes(Casino Lisboa)

Hoje é segunda feira. Para mim segunda feira é o mesmo que dizer folga.

E para este dia eu tinha vários planos, entre eles uma caminhada à beira Tejo com a minha amiga Susana, para esticar as perninhas e para pôr a conversa em dia...Adoro conversar com ela, a Susana é muito inteligente e uma das poucas pessoas que ultimamente me tem ouvido com atenção. Depois da longa caminhada ainda me convidou a ir até ao Chiado, para assistir à festinha de Natal dos alunos dela, eu adorava ir ouvir o coro infantil mas não pude aceitar, a noite estava a cair e eu já tinha outros planos, ainda tinha que passar pelo Centro Comercial, e tinha combinado com o João estar em casa dele às 20h00, para irmos ao concerto da Rita Redshoes.
À hora marcada lá estava eu, e juntos seguimos rumo ao Casino Lisboa, e apesar de termos parado para comer um gelado, ainda assim chegámos cedo porque eu não queria perder pitada do espectáculo da Rita. Nesta noite, eu sabia que algures no Casino estaria a Cláudia, não esperava era encontrá-la mesmo ao meu lado, foi uma surpresa agradável, lá estava ela com um sorriso na cara, e muito animada.
A rapariga dos sapatos vermelhos entrou em palco...e eu viajo para o meu mundo de sonhos.

Ultimamente a minha vida tem girado em torno da palavra sonho, ao escutar a Rita deixo-me envolver nas minhas recordações...e as recordações são quase tudo o que resta do meu sonho...esse sonho que eu não vou desistir!





14.12.08

classificados(Aula Magna)


Uma falha de energia em toda a Alameda da Universidade, atrasou o início do espectáculo em quase meia hora, o que se traduziu em sorte para a maioria dos que se deslocaram na fria e chuvosa noite de Outono até à Aula Magna, isto porque a maior parte do público só entrou na sala muito depois da hora que estava marcado o início do concerto.
Sentei-me ao centro do anfiteatro, num lugar com uma excelente vista para o palco. Enquanto ia esperando pelo começo, acompanhava a entrada dos que se sentavam nos doutorais..."olha a Andreia" digo para o meu irmão, "e o Bruno também cá está" ...reconhecendo dois colegas de escola, que avistava à minha frente, por momentos perdi-os de vista, estava entretido com o que se passava lá em baixo, nomeadamente com uma pessoa de casaco verde, que estava muito irrequieta, e constantemente a olhar para trás, provocando em mim uma enorme vontade de fazer o mesmo, matando assim a minha curiosidade em saber o que tanto a inquietava, e com sorte talvez encontrasse mais algum antigo colega. Sinto algo a vibrar no meu bolso, uma mensagem, curiosamente da pessoa de casaco verde alface pedindo desculpa por se ter esquecido de esperar por nós no átrio(quando na verdade a nós também aconteceu precisamente o mesmo).
E começou o concerto...Atrás de mim umas raparigas vindas do Porto faziam um barulho irritante, que depressa se transformou em quase insuportável, mas nada que estragasse a minha alegria, 1º porque até eram giras, 2º porque a noite era de festa e para o pessoal do norte festa é festa. Uma das partes mais agradáveis da noite foi quando nos levantámos todos para alegremente bater palmas, principalmente porque as cadeiras não eram propriamente confortáveis...mas para quem tinha por trás cinco miúdas com sotaque do Norte a cantar "Notícias de ti", o facto de me doer o traseiro era o que menos incomodava...
Ao contrário do João, eu gosto de ficar com uma recordação fotográfica de todos os meus bons momentos e, com a pressa esqueci-me da máquina no carro, felizmente alguém se lembrou de levar uma.

Foi um belo concerto, obrigado João pela companhia e obrigada Cláudia pelas fotografias.

11.12.08

Vieste...

Vieste! As minhas mãos deixaram de estar vazias de ti. Ainda sinto o teu calor, o toque da tua pele, o cheiro do teu perfume em mim. As imagens passam-me na mente, como se de um filme se tratasse. Revejo mentalmente todas as cenas, e sorrio. Deixaste-me em estado de graça.
Uma flor começou a secar. Fiz de propósito, quero guardá-la para sempre. Quero olhar para ela daqui a uns anos, e continuar a sorrir. Representa um dos dias mais felizes da minha vida.
Vieste! Trouxeste contigo um amor que eu julgava não merecer. Brindaste-me com uma ternura que eu julgava não existir. Surpreendeste-me, mais uma vez, como jamais alguém conseguiu surpreender-me. Trouxeste um brilho novo ao meu olhar. Fizeste-me sorrir, como há muito não sorria. Fizeste-me feliz.
Vieste! E agora o que faço? Não quero ver-te partir...

texto de Vera Costa

A missão do meu irmão

Quem diria...ainda me lembro de brincarmos às guerras com espingardas de madeira, e de ao longe ver-mos os militares fazer treino lá no moinho abandonado...éramos crianças. Hoje as brincadeiras, para ti, tornaram-se realidade, e cá estas tu de partida para a missão da tua vida... Muitos de nós sonhamos com um mundo diferente, mas limitamo-nos a esperar que ele mude sozinho, tu não, tu vais enfrentá-lo de frente, vais tentar melhorar a vida de pessoas que não escolheram nascer num país em guerra, vais fazer sorrir muitas crianças, que se sentirão seguras com a tua presença. Estamos todos muito orgulhosos de ti mano, e vamos ter muitas saudades tuas...(principalmente porque eras tu quem lavava a loiça cá em casa)
Ainda sinto aquele nosso abraço Manel, e eu sei que estamos contigo, dentro do teu coração aí no Kosovo.